A Diabetes Gestacional é uma condição que se caracteriza pelo acúmulo de glicose no sangue da gestante. Em geral, a doença só se manifesta por volta da 20ª semana de gestação e é curada após o parto, mas pode causar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.
Caso a gestante já tivesse Diabetes Tipo 1 ou 2 antes de engravidar, então o quadro não é considerado de Diabetes Gestacional. No entanto, é possível que uma mulher só se descubra diabética durante a gravidez ou que a Diabetes Gestacional a coloque no grupo de risco para desenvolver o Tipo 2 após o parto.
O que é a Diabetes Gestacional
O organismo da gestante passa por um processo complexo, que envolve diversas alterações e a produção elevada de alguns hormônios específicos. Com isso, surgem algumas consequências, como o bloqueio parcial do funcionamento da insulina.
Devido a esse bloqueio, o transporte da glicose, considerada o “combustível” do corpo humano, até as células, onde a glicose é transformada em energia, não é feito adequadamente.
Para compensar esse desequilíbrio, o pâncreas da gestante deve produzir uma quantidade maior de insulina. No entanto, nem todas as gestantes conseguem produzir essa reserva de insulina. Logo, acumula-se glicose em suas correntes sanguíneas e elas desenvolvem Diabetes Gestacional.
Fatores de risco da Diabetes Gestacional
A Diabetes Gestacional acontece em cerca de 3 a 8% das gestações e pode ser desenvolvida por qualquer gestante. Contudo, existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de se desenvolver a condição. Entre eles:
- Histórico familiar de Diabetes
- Histórico de Diabetes Gestacional
- Filhos que nasceram com mais de 4 kg
- Bebês natimortos em gestações anteriores
- Idade superior a 25 anos
- Peso acima da média antes ou durante a gestação
- Aumento do líquido amniótico
- Tolerância à glicose diminuída
- Níveis de glicose altos
Tratamento da Diabetes Gestacional
O tratamento da Diabetes Gestacional é essencial para evitar ou reduzir complicações durante a gravidez, parto e vida da mãe e do bebê. Negligenciar essa condição pode levar a riscos muito sérios, incluindo partos traumáticos, desenvolvimento de Diabetes e até mesmo a morte do bebê, embora o último não seja frequente.
O tratamento envolve uma alimentação controlada, com a prática de exercícos físicos, monitoramento da taxa de glicemia e, caso necessário, administração de medicamentos para Diabetes e parto sob condições especiais, como por exemplo uma cesárea antecipada.
Dieta para Diabéticos
Para muitas gestantes, manter uma alimentação saudável e planejada para o quadro de Diabetes Gestacional é o suficiente para regularizar o nível glicêmico no sangue. A dieta para Diabéticos, no entanto, deve ser planejada por um nutricionista.
Muitas vezes pessoas aderem à dietas inadequadas por falta de informação. Em especial quando há o quadro de Diabetes, é essencial que a alimentação seja acompanhada por um profissional.
É importante também que a gestante se mantenha dentro de um peso adequado. Uma mulher com peso adequado deve ganhar por volta de 10 a 12 kg durante a gravidez. Uma mulher obesa, por sua vez, deve visar um ganho máximo de 7 kg aproximadamente.
Para complementar o estilo de vida saudável recomendado para pacientes com Diabetes Gestacional, deve-se praticar atividades físicas moderadas, como natação e caminhada.
Aplicação de insulina
Quando a dieta e a prática de atividades físicas não é o suficiente para controlar o nível de glicemia da paciente, a aplicação de insulina pode ser a solução. Essa alternativa é indicada, geralmente, para pacientes com taxas de glicose de jejum acima de 105 mg/dL e taxas de glicose medidas após refeições acima de 130 mg/dL.
A partir do terceiro trimestre de gravidez, é possível que a resistência à insulina da paciente aumente ainda mais. Por isso, nessa época, a dose de insulina costuma ser aumentada.
Ao fazer o tratamento com insulina, é importante se atentar a algumas questões. Uma delas é a vasta quantidade de remédios para Diabetes que são inapropriados para gestantes. Por isso, se uma pessoa diabética engravida, é provável que ela tenha que mudar a medicação.
Outra questão importante é o risco de hipoglicemia. Para evitar uma crise hipoglicêmica, a gestante deve manetr o planejamento alimentar em dia, respeitando sempre o horário estipulado para cada refeição. Além disso, antes de praticar atividades físicas, deve-se fazer algumas adequações específicas na dieta.
Controle da Diabetes
Embora a Diabetes Gestacional costume desaparecer logo após o parto, é necessário fazer um acompanhamento para garantir que tanto a mãe quanto o bebê fiquem saudáveis.
Estima-se que as mães que tiveram Diabetes Gestacional não só têm grandes chances de terem a mesma condição em gestações futuras, como também 20 a 40% de chances de desenvolverem Diabetes Tipo 2 em até dez anos após a gestação.
Além disso, o bebê também pode tornar-se obeso ou desenvolver Diabetes na adolescência. Por isso, o cuidado deve ser em dobro.
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